O diferente. Por ter a pele morena, quando todos são brancos. Ser um "perna de pau", quando todos arrasam no futebol. Ser baixinho, quando todos são altos. Ser mulher, adorar futebol e querer jogar, quando todos são homens.
Em algum momento nós já vivenciamos alguma situação em que alguém foi excluído ou ignorado simplesmente por não corresponder à característica da maioria. Sim, a minoria sofre. E quem pode dizer isso com maior afinco são as pessoas que possuem algum tipo de deficiência, seja ela física ou mental.
Já publiquei aqui no blog o exemplo de uma guria que, mesmo sem possuir parte do pé, joga futsal e é uma das craques do time – matéria veiculada no Globo Esporte do dia 31/05. Mais do que admirar a superação dela quanto ao problema físico, destacando a destreza dela no futebol de salão, é exaltar o modo como ela encara essa questão. Para a atleta, o que ela possui não é um problema, mas sim, uma diferença, simplesmente. Ela nasceu diferente das outras meninas, e isso não a faz melhor nem pior, apenas diferente.
Que bom se todos pensassem dessa forma. Mas sabemos que ainda existe muito preconceito com aqueles que não “seguem o padrão”. Para demonstrar que esses não são menores é que existe a Educação Inclusiva.
Como o próprio nome já diz, é um tipo de ensino que visa não separar o aluno especial, ensinando-o em uma escola só para pessoas semelhantes a ele. Pelo contrário, é uma prática pedagógica que “atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos”.
Mas então...O que é Educação Inclusiva?
Conforme a UNESCO, ela se sustenta em 3 pilares:
1. A presença física de alunos no sistema escolar regular;
2. A participação completa deles na vida escolar;
3. A superação deles ao mais alto patamar que eles são capazes, com o desenvolvimento de novas habilidades.
É nesse sentido que o Seminário Internacional do Consórcio da Deficiência e do Desenvolvimento (International Disability and Development Consortium - IDDC) sobre a Educação Inclusiva, realizado em março de 1998 em Angra, na Índia, reconheceu que só pode ser considerado inclusivo, o sistema educacional que abrange a definição ampla desse conceito, ou seja:
• Reconhece que todas as crianças podem aprender;
• Reconhece e respeita diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, língua, deficiência/inabilidade, classe social, estado de saúde (HIV, Tuberculose, Hemofilia, Hidrocefalia, ou qualquer outra condição);
• Permite que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam as necessidades de todas as crianças;
• Faz parte de uma estratégia mais abrangente de promover uma sociedade inclusiva;
• É um processo dinâmico que está em evolução constante;
• Não deve ser restrito ou limitado por salas de aula numerosas nem por falta de recursos materiais.
E o que isso tem a ver com esporte? Ou melhor, o que o esporte tem a ver com isso? Veremos no próximo post.
Até mais!
VAMO QUE VAMO!!
Fontes: Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Educação_inclusiva
Psicopedagogia online :http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=979
International Disability and Development Consortium :http://www.iddcconsortium.net/joomla/index.php/inclusive-education
Publicado em /travinha.com.br/blogs/superacaoem 24/06/2010